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M O S A I C O S

Vitória  -  Viçosa  -  Estados Unidos

Cataguases  -  Ipatinga  -  Beagá

A título de intróito

 

Apresento-me. Sou N., de Vitória do Espírito Santo. Fui convocado pela Voz para registrar o existir de Maurício, de sua infância, na região de Cataguases, Zona da Mata de Minas, até o quase (?) trágico desfecho de sua vida, em minha cidade. Serão cerca de cinquenta anos a serem registrados. E é obvio que não os relatarei na íntegra.

Talvez a convocação da Voz tenha chegado até mim a pedido do próprio Maurício, talvez através do grande Lázaro, de Ouro Preto ou, nada mais nada menos, através do tão decantado mestre González, singularíssima pessoa. Não sei, tudo ainda é meio obscuro. E nem eu insisti em desvendar a origem desse interessante pedido.

O que sei é que já estou pronto para a minha tarefa, e que existem importantes esclarecimentos a se fazer ao leitor, já de início.

Parece-me que serão três ou quatro Mosaicos a serem publicados. E claro que não  serão escritos tão somente por mim. Imagina se  eu daria conta de tanto. Acho que nem mesmo o profícuo e incansável Lázaro, que, confesso, tomo como modelo de escritor e militante a ser seguido.

Este primeiro Mosaicos contém quatro histórias, e somente a última é de minha lavra, exatamente aquela em que vos apresento um ainda flutuante Maurício.

*

A primeira é a deliciosa história das gêmeas de onze anos,  lá de minha cidade. Foi escrita, inclusive, pelo próprio Maurício, como um delicado presente ofertado a elas. Nai e Teté são apaixonadas por ele e ele por elas. Maurício é vizinho delas, lá no centro de Vitória, muito amigo  da mãe. Se dependesse das gêmeas e da mãe, ele seria muito mais que amigo. Mas tudo a seu tempo.

O que importa é que ele resolveu brincar de escrever uma historinha infantil, só para testar, e deu no que deu. Elas quase choraram de alegria. Confiram.

*

A segunda história é sobre Jade, uma doce garota virgem, nascida e criada nas altas serranias do meu estado, e que fazia questão de protelar o momento de descoberta de sua sexualidade. Eu ainda estou confuso quanto a quem escreveu, não me deram certeza absoluta, mas há fortes indicações de que foi escrita  a quatro mãos, por Juliana e Marcelina.

Juliana é do sul de Minas, de Itamonte, mas atualmente cursa Letras em Viçosa. É uma Lolita da Mantiqueira, que deslizou dos céus, ou melhor, das cachoeiras mantiqueiras, diretamente para as mãos e a boca de Lázaro. Houve, ao longo de semanas, uma ardente vivência erótica entre eles, seguida de uma paixão juvenil. O tardio  amor de juventude que Lázaro nunca se permitiu. Esclarecendo: Lázaro tinha cerca de trinta anos à época, e Juliana estava chegando aos quinze.

Marcelina é irmã de Ilídio,  e ambos fazem parte do grupo de Viçosa,  liderados pelo filósofo espanhol González. Parece que ambas as garotas, impetuosas, decidiram vir a Vitória antes de qualquer outro membro do grupo. Informo que já haviam adiantadas  articulações para uma ponte entre a célula do PCO -  Partido da Causa Operária, de Vitória, liderado pelo professor Marçal, e o MPO – Movimento Parar o Ocidente, fundado por González, em Viçosa.

Marcelina tinha vontade de conhecer o mar, ver de perto a tão decantada amplidão, e pediu ao seu namorado, o poeta metafísico U., autor do cósmico-poético Dala,  que a levasse até minha cidade. E convidou sua inseparável amiga Juliana para acompanhá-los. Aproveitando a ocasião, os três pediram  autorização do grupo e do MPO para que fossem os primeiros a fazer um contato direto com o grupo de Vitória.

Queriam unir o útil ao agradável, ou a Epifania do mar à Revolução Planetária. E Juliana, por sua vez, pediu à sua irmã e advogada Priscila que as levasse no seu carro, já que U. não tem carro e nem dirige. Aliás, desse povo todo de Viçosa, parece que apenas González, Helena, Priscila, seu irmão Fábio e um ou outro dirigem. O restante – inclusos Lázaro, U., Ilídio, Olavo, Murilo e muitos outros – têm ojeriza a carros.

A coisa ficou interessante para U., afinal teria suas duas ‘namoradas’ por perto. Oficialmente, ele era companheiro da garota Marcelina, mas, com o conhecimento e consentimento da própria, mantinha periódicas e reverentes vivências eróticas com a dourada  Priscila – termo cunhado por Lázaro, que também manteve vivências eróticas com a doce advogada, simultaneamente com a sua irmã caçula, Juliana, durante certo tempo. Quem leu o Passa-Ouro: Passa Quatro, de Làzaro e o Não ia te dizer: Nascentes , de Helena, sabe do que falo.

*

O fato é que lá se foram, para Marcelina conhece o mar, e todos para visitarem o professor Marçal e seus companheiros. Não dá para fazer aqui um inventário dos namoros e amores de U., ora com Marcelina, ora com Priscila, nem de passeios e deslumbres paisagísticos e urbanos. Isso fica para outra ocasião, mas adiantando que os quatro pouco se lixavam para tudo o que tresandava a turismo convencional, preferindo fazer explorações de recantos por conta própria, mais reverentes e autênticas, como era consenso entre os integrantes do grupo de Viçosa. Neste Mosaicos,  e no próximo, veremos muito da singular vivência  que eram as suas viagens.

Ficaram em minha cidade por cerca de uma semana. E fizeram amizade com Marilda, integrante da célula do PCO, e mãe das gêmeas, sobre cuja história falei acima. E Marilda acabou lhes contando a história da virgem Jade. Revelou-lhes o caso dela com Luiz, um amigo e vizinho, recém-casado. A história de Jade interessou, e muito, a Marcelina e Juliana,  em razão de certa afinidade.

Marcelina e Juliana tinham em comum o fato de terem participado, cada uma a seu tempo e no seu lugar, de um movimento de juventude católica que valorizava a espera pela sexualidade. Não meramente para aguardar por um hipotético casamento, ainda virgens, mas algo maior, mais rico, a reverência pela própria sexualidade e pelos êxtases por ela ofertados. A sexualidade como ponte, como fonte de descoberta da sacralidade que habita em cada um e cada uma. Sem o saber, e sem ainda conhecerem o espanhol, elas seguiam, mas numa dimensão vital e intuitiva, os filosóficos conceitos de González, acerca da sexualidade como momento privilegiado do advento da sacralidade em nós.

O fato é que se identificaram com a, até pouco atrás, virgem Jade, que, com Luís, mergulhou de maneira tão intensa, poética e reverente nas águas do amor. Procuraram se informar dos detalhes da história. Visitaram a feira livre do Centro de Vitória, para conhecerem a própria Jade e, claro, formou-se logo intensa amizade entre elas. Subiram um pouco das serranias, para ver o icônico e primeiro leito nupcial de Jade e Luís, em verdejantes encostas.

E, acompanhados do próprio Maurício, foram até mesmo à Povoação de Regência, o segundo leito nupcial de Jade e Luís, singular lugarejo de nosso litoral, um dos lugares com os quais Maurício mais se identificava em meu estado. E, dessa vez, como já estava afastado de Mariane, e como estava acompanhado da magnética e sedutora de Priscila, não houve como não haver a primeira vivência amorosa e erótica entre alguém do grupo de Viçosa e outro do grupo de Vitória. Marcelina e Juliana vibraram, U., embora levemente enciumado, viu como bem vindo esse encontro inaugural entre as águas íntimas e eróticas de Vitória e Viçosa. Ao menos nesse aspecto estava sacramentada a aliança.

Por tudo isso, Marcelina e Juliana sentiram-se estimuladas, quase que ao mesmo tempo, a escrever, juntas, a história da descoberta amorosa-erótica de Jade. Tudo indica que Jade foi mesmo escrito por elas, embora nada me tenha sido confirmado por Viçosa, até o momento.

*

Já a doce e trágica história contada em Neve tem articulação um tanto ou quanto intrincada. O americano Paul foi apresentado por Olavo ao grupo de viçosa e ao MPO. Mas a aproximação maior de Paul se deu com Ilídio, em razão da semelhança de suas melancólicas histórias: a de Ilídio com Eliza, de Rio Pomba, por acaso prima adorada de Maurício, e a de Paul com Elsie, que acabou amando a Robert, com trágico desfecho. Uma noite, numa pracinha de Viçosa, Paul contou a Ilídio e Marcelina sua história. Ilídio decidiu então escrever aquela história tão parecida com a sua, estimulado e ajudado por sua irmã-namorada.

Neve traz não exatamente uma originalidade, mas ao menos uma singularidade, qual seja, ela tem dois finais,  distintos, por  óbvio. Há primeiramente o final escrito por Ilídio, também por óbvio.

Mas Marcelina se encantou tanto com Elsie e com a história dela e de Robert, que se recusou a aceitar aquele final trágico. Mesmo porque, quem garantiria a eles que Paul não distorcera o fim de Robert e Elsie, movido por sua própria melancolia? Então, resolveu escrever o seu próprio final e exigiu que seu irmão o incluísse na estória.

*

Então, Marcelina se viu como que magicamente conduzida, transportada pelo próprio Céu até a aldeia de Robert e Elsie, próxima à cidade de Anaconda, nos Estados Unidos. E lá encontrou uma forma meio que telepática, meio que delirante, de mudar o final trágico entre Robert e Elsie. Ilídio gostou e não gostou ao mesmo tempo, mas jamais colocaria obstáculos a um desejo de sua adorada irmã.  Mesmo porque, era uma espécie da estréia da ‘menina tangerina’ Marcelina na escritura. O resto do grupo  de Viçosa também aplaudiu e assim Neve foi publicado com dois sinais. Vale a pena conferir, não apenas essa singularidade, a própria história me tocou bastante.

 

*

E, por fim, o começo da história de Maurício. Como disse, serão provavelmente três Mosaicos. Vim até Minas, para conhecer Cataguases, Ipatinga e, claro, Belo Horizonte, seguindo fielmente o roteiro da vida de Maurício.

Neste primeiro Mosaicos, narro  um pouco de sua infância e de sua juventude, em Cataguases, e sua formação em Filosofia em Juiz de Fora. Mas de maneira muito breve. Afinal, o foco da tarefa que me foi dada é registrar a transtornada e alucinada trajetória de Maurício, aqui no Deserto de Vitória, como ele chama sua longa e atribulada passagem por minha cidade.

Mas não pude ser tão breve e resumido assim, pois ao contar a história de Maurício e Leila em Ipatinga, e depois em BH, tive que me demorar bastante. Os seus intensos episódios e vivências foram me atraindo, me atraindo, e quando dei por mim já eram muito mais de cem páginas. E olha que ainda ficou muita coisa para trás, tanto em Cataguases quanto em Ipatinga e  Belo Horizonte.

Terei que retornar a esses episódios, acerca tanto de Maurício quanto de Leila, e mesmo de Tâmara, de Casa Branca, um interessante distrito nos arredores de Belo Horizonte. Muita, muita coisa mesmo, ficou para trás e o resgate de tudo isso passa a ser agora uma tarefa que assumo comigo mesmo, com ou sem convocação pela Voz. Depois dessa minha esta em Minas, decidi tornar-me seu biógrafo.

Mas, claro, tudo a seu tempo. Primeiro terei um longo caminho pela frente, pois, se aqui em Minas, foram quase cento e cinquenta páginas,  imagine-se o que me aguarda em Vitória, onde Maurício passará cerca mais de vinte anos de sua vida. É muito material, muito registro ser feito, ainda mais em se tratando de uma personagem

tão complexa quanto Maurício.

*

Confesso que, na verdade, não tem como. Esse troço será mesmo confuso, meio complicado. Este contexto literário, para o qual fui agradavelmente convocado, é completamente inusitado.

Quem se der ao trabalho de ler, ao menos,  o Não ia te dizer,  de Helena,  e o Isaía, Irma e Baiano e o Passa-Ouro, ambos de Lazaro,  entenderá do que se trata o grupo liderado espanhol González, grupo que  foi se formando gradualmente, e cujos integrantes citarei aos poucos, ao longo de minha longa escritura sobre Maurício.

É um grupo singular, com propostas singulares, formados por pessoas singulares. E esse grupo acabou criando contatos ou pontes com o grupo do professor Marçal, lá da minha terra. O professor liderou a criação de uma célula do PCO em Vitória. E através do caminhoneiro Nildo, e do próprio Maurício, por vias diferentes, vieram a tomar conhecimento do grupo de Viçosa. E começaram a se interessar por aquelas singulares ideias pregadas e apregoadas pelo filósofo espanhol.

Daí é que virão as minhas constantes, e aparentemente confusas e complicadas, referências ora a um grupo, ora a outro. Apenas os integrantes do grupo de Viçosa, registrados em nada mais nada menos do que dez livros,  já seriam suficientes para uma leitura extremamente cuidadosa, cheia de idas e vindas, de personagens e autores se citando constantemente.

 

*

Sabe-se que isso não é novidade em Literatura. O denso-melancólico Faulkner, por exemplo, criou um complexo microcosmo, no fictício condado de Yoknapatawpha, retratando o mundo do sul dos Estados Unidos, com tragédia, poesia e agudeza psicológica. Mas lá a coisa era mais comedida, ou equilibrada. As referências cruzadas eram menos recorrentes, ou obsessivas.

Aqui, quando juntados os integrantes dos dois grupos, são muitos mais personagens, são muitas mais histórias que se cruzam, com visões diferentes de uma cena, de uma emoção, de um outro personagem, dependendo de quem as vive ou presencia. Sem contar os constantes deslocamentos e viagens, principalmente do grupo de Viçosa. Parece que o pessoal de lá não consegue ficar sem se movimentar, em constantes visitas  aos entes do mundo. Se isso é feito com a mesma maestria do também incansável Faulkner, isso é outra história.

 

*

Mas é pouco disso, sim. Um complexo, abrangente e rico universo à parte. E a questão passou a dizer respeito a mim, talvez até mais do que ao próprio Lázaro, o mais prolífico e escritor e combativo revolucionário do grupo de Viçosa, o braço direito de  González, tal como Maurício virá a ser do professor Marçal. E Lázaro, tanto quanto os outros, têm plena consciência dessa característica do grupo, com os personagens dos dez livros, já mencionados, se entrecruzando, se mencionando, se complementando.

Ocorre que eu é quem tenho, agora, conhecimento de todos os personagens e estórias, tanto de um grupo quanto de outro. Estou em posição privilegiada, como assistisse de camarote a uma intrincada peça de teatro. Mas, junto com o privilégio, vem também, é claro, a responsabilidade de assumir o compromisso de esclarecer todo essa labiríntica rede de personagens e estórias, agora acrescida dos três ou quatro Mosaicos programados, pela Voz, para vir à luz.

Por óbvio que, na primeira oportunidade, irei a Viçosa, conversar com González, Lázaro e Helena sobre essa complexa questão. Solicitarei a eles que, vez por outra, e junto com os outros, me ajudem nesse processo de esclarecimento aos leitores, fazendo menções mais claras e didáticas a essa particularidade de um universo  particular, composto de dois grupos em cidades diferentes.

É fato já notório que os de Viçosa estão para fazer uma visita a Vitória, para completar o processo de aproximação,  iniciado com as visitas de Nildo e Maurício a Viçosa e de Marcelina, Juliana, U. e Priscila a Vitória, como dito acima. Penso em lhes sugerir que façam referências recorrentes, em seus relatos da viagem a Vitória, a essa particularidade.

Claro que essa minha iminente visita a Viçosa, a princípio apenas por compromisso literário, trar-me-á imensa satisfação, pela oportunidade de conhecer a todos os integrantes do grupo liderado por González e, certamente, muitos dos lugares e personagens por eles citados em seus escritos

 

*

Sem me estender muito. Como dito acima o principal objetivo do grupo de Viçosa é a consolidação do MPO como um dos milhares de movimentos a serviço da Revolução Planetária Transcendente, que está a caminho, segundo seu líder González, e da consolidação do MPO no país e futuramente em todo o planeta. Note-se que eu disse um dos movimentos, e não o movimento. E, como já também mencionado, isso foi o que motivou a  aproximação e a identificação imediata do grupo de Vitória com o grupo de Viçosa. Em razão disso, também farei, aqui e ali, referências às propostas do MPO. Quem quiser mais conhecer melhor o movimento leia Parar o Ocidente, a Revolução como poema e combate, da doce Helena.

 

*

Falei da liberdade de movimentos e vivências eróticas, exercida, ou ainda em construção, pelos integrantes  do grupo de Viçosa. Citei as vivências Lázaro e Juliana, Lázaro e Priscila, U. e Priscila, U. Marcelina, aqui em Vitória. Tudo isso é apenas uma amostra do que ocorre em Viçosa – imagine-se quando os homens  e mulheres de ambos os grupos se encontrarem e se identificarem, eventualmente misturando suas águas.

Somente para falar das mulheres. De Viçosa: Helena, companheira de Lázaro, e sua prima Marcelina. De Rio Pomba, Eliza. De Dentópolis, a fogosa jovem Denise. De Itamonte, as impetuosas irmãs Priscila, Lena e Juliana, todas elas devida e eroticamente reverenciadas por Lázaro. Todas essas morando ou orbitando em torno do grupo de Viçosa.

Já as de Vitória: Aninha, Marilda, Jade, talvez Mariane (a futura e longeva  companheira de Maurício), sua irmã Mara e outras jovens integrantes do grupo do professor Marçal. E a surpreendente adesão de Leila ao MPO. Leila será a não tão longeva companheira de Maurício em Ipatinga e um pouco em BH, como narro neste primeiro  Mosaicos. E a nada surpreendente adesão da artesã Tâmara, habitante da aconchegante Casa Branca, cuja vivência afetiva-erótica com Mauríco foi, infelizmente,  ainda menos longeva do que aquela que ele celebrou com Leila.

Veremos que, no grupo de Viçosa, essa flexibilidade amorosa é aceita com certa naturalidade. Não chega a ser uma praxe, pois é uma realidade ainda em construção, com todas as ambiguidades, ansiedades, inseguranças e melancolias que afetam as vivências amorosas e eróticas habituais. Os casos de relacionamentos abertos vão surgindo naturalmente, de acordo com as peculiaridades, necessidades e  urgências afetivas de cada um ou cada uma.

Não respondem a uma mera proposta política ou existencial,  defendida e estimulada pelo líder González.  Nem se trata de  mais uma mera comunidade voltada para o amor livre. É algo muito além disso. É algo que vê a sexualidade e o amoroso, não como fins em si mesmos, mas  como etapas rumo à sacralidade e à própria Revolução Planetária Transcendente. Claro que vivenciando o amoroso e o erótico com a mesma, devida e bem vinda avidez e  intensidade, libido e inventividade, sofreguidão e êxtase do que o erotismo e o amor habituais, ou talvez até mais.

Enfim, como introdução, sei que ficou longa. Mas, repetindo: a coisa é mesmo meio complicada, por ser inusitada e singular, e terei que apresentar tudo e todos aos poucos, de maneira aparentemente confusa, reticente. Mas, tenha fé, lá chegaremos.

 

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Quanto ao termo em comum, Mosaicos,  nos títulos destes três ou quatro livros, dos quais participarei,  pareceria dispensar explicações. Seriam mosaicos, inúmeros e multicoloridos retratos de situações, lugares  e personagens várias. A famosa colcha de retalhos, tão presente nas interiores de Minas que conheci, somente que desta vez uma rica e magnética  colcha literária, existencial, erótica e revolucionária.  Mas pede uma explicação ou adendo, sim, pois que serão complexos e labirínticos desenhos de dois grupos distintos, em duas cidades e estados distintos, duas culturas distintas, com esse monte de cidades e gentes.

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Acho que vale a pena conferir o resultado, tanto dos dez livros que se passam em Minas (e nos Estados Unidos) quanto deste s três ou quatro Mosaicos, que se passam lá, na minha terra e cá, em Minas onde estou no momento.  Para as ruas e estradas. Concluo, enfim, plagiando acho que palavras de Helena  ou de Lázaro – travessia, né seu Riobaldo? Conhecem, ó, não ignaros da obra de Guimarães Rosa? Eu agora plagiando Lázaro, de forma descarada e recorrente, com essa divertida e sarcástica  expressão cunhada por ele, praticamente fazendo dela minha filha adotiva. Vocês verão, melhor,  lerão.

Isso, aliás, é um exemplo concreto de como, nestes Mosaicos, e também na sua relação com os dez livros de Viçosa, as palavras, frases, cenas personagens e estórias se cruzarão, se tocarão, caminharão juntas, se confrontarão  e também, muitas vezes, simplesmente se ignorarão,

 

*

Ainda sobre o título destes Mosaicos, e sobre terem sido paridos logo depois dos dez livros passados em Minas. Nem é preciso dizer que é por obra e graça e exigência da obscura deusa Voz, através de seu mensageiro transcendente, o espanhol González, devidamente assessorado por Lázaro, seu braço-direito.

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